Aula 19/09 – elaboração de relatório descritivo do vídeo abaixo
O relato descritivo a seguir detalha as informações apresentadas no vídeo “Introdução ao laboratório de microbiologia/Biossegurança”, das aulas de microbiologia organizadas e disponibilizadas pelo professor Robinson Severo em plataforma aberta de mídia na Internet. O vídeo introdutório em questão foi criado pela professora Theodora Thays Arruda Cavalcante e apresenta as características, regras e noções de biossegurança. A informação é fundamental para todos que exercem atividades práticas no Laboratório de Microbiologia da Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA.
O primeiro alerta feito pela professora enfatiza que o laboratório de microbiologia é um ambiente contaminado, uma vez que lá são feitas as práticas clínicas ambulatoriais e hospitalares. Nesse sentido, o vídeo é um treinamento obrigatório para se conhecer as normas e rotinas de um ambiente contaminado, garantindo a segurança de todos durante o trânsito, uso e atendimento às aulas práticas laboratoriais. As regras não são só para estudantes. Pesquisadores, cientistas e profissionais da saúde devem todos seguir as mesmas normas de segurança no uso de laboratório.
As regras gerais apresentadas são usar adequadamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que são dispositivos específicos destinados à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a saúde do estudante ou profissional. Estes equipamentos são: jaleco de tecido impermeável, com manga longa e comprimento abaixo do joelho (que não deve ser usado em áreas não contaminadas para evitar a contaminação cruzada, sendo transportados e lavados separadamente); luvas de procedimento ou cirúrgicas que são impermeáveis e descartáveis, só devendo ser usadas somente no momento do contato direto com o microrganismo; óculos de proteção com vedação lateral e protetor facial como o face-shield indicado para a população geral durante a pandemia (lembrando que o uso de óculos de grau não substitui a proteção ocular, uma vez que não há vedação lateral no mesmo); máscaras semifaciais filtrantes ou cirúrgicas que cobrem a boca e nariz, proporcionando uma vedação adequada por reter contaminantes atmosféricos na forma de aerossóis, como gotículas e perdigotos emitidos à curta distância, assim como a projeção de sangue e outros fluídos corpóreos que possam atingir as vias respiratórias, gorro/toca descartável para proteção dos cabelos (principalmente longos), que funcionam como uma barreira mecânica contra a possibilidade de contaminação por secreções, aerossóis e produtos, além de prevenir acidentes e uso de propés para evitar o carregamento de microrganismos entre ambientes diferentes.
Também são regras: não comer, beber, fumar ou guardar alimentos no laboratório; ler com atenção para seguir protocolo experimental compreendendo sua finalidade; manter as bancadas sempre limpas e arrumadas; identificar todas as vidrarias; manter a chama acesa somente durante o procedimento e ter cuidado com a utilização do celular.
A vídeo-aula também apresentou detalhadamente orientação sobre a aquisição, uso e descarte de luvas. As luvas devem ser adquiridas do tamanho correto da mão do estudante ou profissional, evitando folgas. Para colocar as luvas de procedimento ou luvas cirúrgicas, é necessária a remoção de jóias e outros artefatos de mãos e pulsos, fazendo o ajuste correto no pulso. No caso do uso da luva cirúrgica, de modo a garantir a não-contaminação, estica-se uma toalha esterilizada e abre-se a embalagem da luva, colocando a mesma sobre a toalha de modo a facilitar sua colocação adequada. A partir da barra da luva, o estudante deve usar a mão oposta àquela que será vestida para pegar a luva e então vestir a primeira mão, evitando o contato com a parte externa da luva. Repete-se o procedimento com a outra mão. Para remover as luvas que já estão contaminadas, foi apresentada uma simulação feita pela profissional Liliana Donatelli, mostrando o passo a passo da remoção do EPI: coloca-se o dedo indicador e polegar da mão esquerda dentro do punho da luva da mão direita e puxa-se com movimento firme a partir do punho contra o polegar invertendo a luva e deixando-a do avesso, descartando-a em lixo adequado e repetindo o movimento com a outra mão.
A sequência de vestimenta do EPI também foi elucidada. Primeiro deve-se vestir o jaleco, depois a máscara, em seguida o gorro, então o óculos de segurança ou protetor facial e por último as luvas. A sequência de retirada é oposta, iniciando-se pela luva, então o óculos/protetor facial, o jaleco e por último a máscara.
Todos equipamentos que não são de uso único –jaleco, óculos/protetor facial– devem ser completamente higienizados após a prática laboratorial. A higienização deve ser feita de forma separada e adequada para cada objeto, evitando que os mesmos se transformem em veículos de propagação de microrganismos.
No final do vídeo, a professora trouxe outra orientação importante sobre a necessidade de atualização do calendário vacinal dos estudantes.