Relato Descritivo de vídeo-aula sobre Coloração de Gram

Aula 10/10 – elaboração de relatório descritivo do vídeo abaixo

O relato descritivo a seguir detalha as informações apresentadas no vídeo “Técnico em Alimentos – Coloração de Gram”, das aulas de microbiologia disponibilizadas pelo professor Robinson Severo no Youtube. O vídeo em questão foi criado pelo professor Dr. Laurí Mayer e apresenta o passo a passo da coloração, mostrando equipamentos e técnicas laboratoriais imprescindíveis para todos que pretendem exercer atividades práticas no Laboratório de Microbiologia da Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA.

Inicialmente, o professor Mayer apresentou uma placa que trazia uma amostra de vaso sanitário feminino. Nela, era possível observar a olho nu uma colônia mais amarelada, que foi apontada pelo professor. Ele explicou que nesta colônia deverá ser feita a Coloração de Gram, de modo a permitir a visualização da bactéria no microscópio para posterior identificação do tipo de bactéria. 

Na bancada de trabalho, já estavam os materiais e equipamentos que seriam usados no decorrer da aula, tais como essa placa devidamente identificada com a amostra a ser analisada, uma lâmina de vidro para microscopia, um conta-gotas de boa precisão, uma lamparina a álcool, uma alça de platina usada na coleta e transferência de amostras, corantes, álcool e o microscópio

O primeiro procedimento feito pelo professor Mayer foi colocar, com a ajuda de um conta-gotas, uma única gota de água em cima da lâmina nova, já deixando-a pronta para receber a amostra.

Na sequência, ele usou um fósforo para acender a lamparina a álcool para poder esterilizar a alça de platina antes de coletar a bactéria. Com a lamparina acesa, o professor submeteu a ponta da alça de platina sobre a chama de fogo por alguns segundos até o metal ficar vermelho, garantindo a total esterilização do objeto. O professor observou que a lamparina utilizada substitui o Bico de Bunsen, um queimador a gás de pequeno porte e chama ajustável usado em laboratórios científicos para aquecer substâncias. 

Ele aguardou alguns segundos até a alça recém-aquecida esfriar, uma vez que se ela fosse usada muito quente para coletar a amostra, poderia destruir as células presentes pelo calor. Uma vez com a alça mais fria, ele abriu a placa e encostou a ponta da alça na colônia amarelada, coletando um pouco do material (massa celular). Na sequência, ele fechou a placa e colocou-a de lado.

Em seguida, o professor encostou a alça com a coleta na gota de água já presente na lâmina e começou a mexer para dissolver o material. O nome dado à lâmina com a amostra dissolvida é esfregaço. O professor alertou que não é necessário pegar muita massa celular, pois isso dificulta a observação da imagem no microscópio. Depois desse passo, o professor esterilizou novamente a alça de platina antes de colocá-la em cima da bancada, evitando assim qualquer tipo de contaminação. 

Para fixar a amostra na lâmina, o professor apresentou o processo de secagem, passando em movimentos rápidos a parte inferior da lâmina sobre a chama da lamparina agilizando a evaporação da gota de água. O professor observou que não pode aquecer a lâmina demais, para não comprometer o material a ser analisado. O teste para saber se a lâmina não está muito quente é conseguir tocar com o dedo na parte inferior submetida ao fogo. O objetivo desse procedimento é fazer a amostra aderir a lâmina, evitando que a mesma seja lavada no processo de coloração. O procedimento durou alguns minutos até o círculo com a amostra ficar opaco e sem água. Depois, colocou uma tampa sobre a chama da lamparina para apagar o fogo.

A partir daí o trabalho foi feito ao lado da pia. O professor colocou a lâmina sobre um apoio de vidro. Pegou o primeiro frasco com o corante chamado de “Cristal Violeta” e colocou de 4 a 5 gotas deste líquido roxo sobre a amostra. Fechou o corante e, em seguida, mexeu a lâmina para que o movimento ajudasse a espalhar melhor o líquido roxo, cobrindo toda a amostra. Esperou por no mínimo 30 segundos e depois virou delicadamente a lâmina para despejar o excesso de corante dentro da pia. Depois submeteu a lâmina a um pequeno filete de água, sem pressão, para fazer um processo de lavagem do corante. Este corante garante a coloração das bactérias gram-positivas.

Para fixar a amostra depois da coloração com Cristal Violeta, foi usado o fixador a base de iodo chamado Lugol 1%. O professor colocou algumas gotas de Lugol sobre a amostra, esperou 30 segundos e repetiu o processo de lavagem embaixo do filete de água, para retirar o excesso de fixador.

Na sequência, colocou algumas gotas de álcool comercial etanol 96%, deixando-o em contato com a amostra por 30 segundos e despejando o excesso na pia. Repetiu a operação algumas vezes. 

Em seguida, colocou o corante chamado “Fuscina“, que possui um tom avermelhado. Pingou algumas gotas e esperou 30 segundos. Repetiu o processo de lavagem embaixo do filete de água, para retirar o excesso de corante. Este corante que garante a coloração vermelho-rosa às bactérias gram-negativas.  

Na sequência, o professor fez um primeiro processo de secagem da lâmina usando um papel toalha, sem tocar na parte onde estava a amostra. Em seguida,  acendeu novamente a lamparina e fez outro processo de secagem, passando em movimentos rápidos a parte inferior da lâmina sobre a chama da lamparina agilizando a evaporação de água, com os cuidados para não aquecer demais. 

Por fim, colocou algumas gotas de óleo mineral (2 a 3 gotas) para facilitar o processo de visualização. Então inseriu uma nova lamínula por cima da amostra para protegê-la antes de levá-la ao microscópio.

A partir daí, o professor posicionou a lâmina no microscópio, centralizou a amostra, escolheu a lente de imersão (oil) com o aumento de 100 vezes, subiu a mesa do microscópio até encostar na lâmina na lente e procurou o foco usando os ajustes do aparelho.

Discente: Patrícia Kalil

Santarém, 10 de outubro de 2022.

Relato para presença e substituição da aula de 10/10/22.

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