Histologia vegetal – os tecidos das plantas

Aula 17 a 21/10 | professora Cristina Aledi Felsemburgh

Tecidos vegetais

A maioria das plantas terrestres contém células e tecidos especializados. Esses tecidos vegetais são para dar suporte mecânico, transportar as seivas e criar uma epiderme que ao mesmo tempo seja resistente para evitar perda de água em excesso e que permita trocas gasosas de CO2 e O2. Esses tecidos são feitos por associações de células que formam unidades estruturais e funcionais. São denominados tecidos simples quando formados por apenas um tipo de célula e; tecidos complexos quando formados por dois ou mais tipos de células.

Desenvolvimento primário da planta

  • Pólo bipolar de meristema apical: pólo caulinar e pólo radicular

Continuidade topográfica

Na histologia vegetal, a continuidade topográfica explica a continuidade dos sistemas dérmico, fundamental e vascular ao logo do corpo da planta, no crescimento primário e secundário dos tecidos.

Tecido meristemático e a origem dos tecidos

O tecido meristomático é um tecido embrionário vivo que apresenta a capacidade infinita de se multiplicar (por mitoses) e dar origem a outros tecidos. Podemos classificar os meristemas em dois tipos: os apicais primários e os laterais secundários.

Os meristemas apicais ou promeristema são localizados no ápice da raiz e do caule das plantas vasculares, originários a partir de células embrionárias indiferenciadas.

Regiões apicais de raiz (A) e caule (B) mostrando, entre outros, os meristemas primários procâmbio, protoderme e meristema apical. Nota-se, apenas na raiz, a presença da coifa protegendo o meristema.

  • o pró-câmbio desenvolve células do tecido vascular primário no cilindro da planta que permite a condução de água e nutrientes para o crescimento primário em altura e profundidade:
  • a protoderme desenvolve células do tecido da epiderme;
  • o meristema fundamental vai formar células de preenchimento e sustentação do córtex (na raiz) e da medula (no caule):

Os meristemas laterais são originados de tecidos primários já diferenciados. São meristemas do crescimento secundário da planta e começam a produzir durante a fase de engrossamento planta com ganho de espessura.

  • o câmbio vascular aumenta a quantidade de tecidos vasculares;
    • se instala entre o xilema e o floema e produz os tecidos vasculares secundários;
    • células cambiais são intensamente vacuoladas;
    • as células fusiformes são geralmente alongadas, dando origem ao sistema axial de células dos tecidos vasculares secundários;
    • as células radiais dão origem aos raios parenquimáticos dos tecidos vasculares secundários.
  • o felogênio origina a periderme (composta pela feloderme, felogênio e súber), o tecido de revestimento secundário que substitui a epiderme na planta adulta:
    • o felogênio é uma camada entre o súber e a feloderme.
    • o súber/felema é formado em direção a periferia do caule/raiz;
    • a feloderme é formada em direção ao centro do órgão (córtex secundário).

O câmbio e o felogênio são encontrados nas gimnospermas e angiospermas dicotiledôneas. Já a grande maioria das plantas monocotiledôneas não apresenta esse tipo de crescimento secundário, possuindo apenas os meristemas primários.

caule/tronco

Tecido de revestimento ou dérmico

O tecido dérmico e mais externo dos órgãos forma a camada de proteção externa da planta, com função de revestimento, proteção contra choques mecânicos, barreiras à patógenos e restrição a perda de água, produção contra a radiação solar, trocas gasosas. Na raiz, absorção de águas e sais.

Epiderme: tecido vivo

Corpo primário da planta

Origina-se na protoderme, camada externa dos meristemas apicais

  • especializações das células da epiderme:
    • achatadas, sem espaços intercelulares;
    • geralmente aclorofiladas: podem armazenar vários produtos de metabolismo, mas raramente apresentam cloroplastos;
    • nas folhas, a epiderme tanto adaxial como abaxial são transparentes para permitir que a luz do sol encontre as células clorofiladas (parênquimas paliçádio e esponjoso/lacunoso, abaixo);
    • possuem vacúolos que podem acumular pigmentos (antocianinas) como acontece na epiderme de pétalas de flores, no caule e na folha da mamona vermelha;
    • a cutícula nas folhas (feita com uma substância de natureza lipídica, a cutina) reduz transpiração, ajuda a refletir o excesso de radiação solar, a proporcionar mais sustenção e, por não ser digerível, atua também como proteção contra fungos e bactérias
    • os estômatos (número variável de células) permite trocas gasosas necessárias para a fotossíntese:
      • essa abertura (ostíolo) delimitado por células-guarda, que são clorofiladas
        • nas plantas aquáticas (exemplo, vitória-régia), os estômatos são encontrados na face adaxial da folha, o que recebe a classificação de epiestomática;
        • nas plantas de ambientes xéricos (secos), os estômatos aparecem na face abaxial da folha, recebendo a classificação de hipoestomática;
          • ainda podem ficar escondidos em criptas, o que reduz a perda de água em forma de vapor quando os estômatos se abrem;
        • quando há estômatos nas duas faces da lâmina (ex: gramíneas), a folha é classificada como anfiestomática.
  • células buliformes encontradas nas folhas de várias monocotiledôneas
  • nas coníferas, as células epidérmicas desenvolvem paredes secundárias lignificadas e intensamente espessadas
  • na pétalas, temos células epidérmicas diferenciadas com papilas, que são suaves ao toque, contem aroma e pigmento.

Apêndices epidérmicos:

  • tricomas tectores: as “fibras” de algodão envolta da semente do algodoeiro;
  • tricomas secretores: cobertos por cutícula, acumula secreção interior que é liberado com o rompimento da cutícula. ex: liberação de substâncias irritantes ou repelentes para afastar predadores; viscocas para prender insetos; aromáticas para atrair polinizadores;
  • vesículas aquíferas: servem para armazenar água;
  • apêndices na epiderme da raiz > tricomas > pêlos radiculares: pequenas papilas na epiderme da zona de absorção de raízes jovens de muitas plantas: são vacuolados e apresentam paredes delgadas, recobertas por uma cutícula delgada e estão relacionados com absorção de água do solo. Estes tricomas também são conhecidos como pêlos absorventes.
Na raiz, podemos ver os pêlos radicular (Pr), a Epiderme Primária (Ep), a Exoderme, Parenquimas cortical (Pc), Endoderme (en), Periciclo (P), Floema primário (Fp), Xilema primário (Xp)

Periderme: substituição da epiderme

  • A periderme é o crescimento secundário a partir do meristema lateral, que substitui a epiderme em caules e raízes que apresentam crescimento secundário em espessura.
  • É composta pelo súber, felogênio e feloderme. Desempenha a função de proteção, isolante térmico, cor e cicatrização.
  • As lenticelas são parte da periderme. A periderme não deve ser confundida com a casca e o ritidoma.
  • Ela é formada pelo:
    • felogênio: tecido meristemático lateral de origem secundária que produz para fora o súber e para região interna, a feloderme
      • feloderme: tecido formado por células parenquimáticas ativas formada pelo felogênio que se assemelham às células do parênquima cortical;
      • súber, felema ou cortiça: tecido morto com suberina e ar; cortiça;
        • A suberina é uma substância graxa, produzida pela célula, que vai se incrustando na parede celular, tornando-a altamente impermeável a água e aos gases, o que leva as células à morte.
      • lenticelas: são partes limitadas com a função de troca de gases entre o ambiente externo e interno; é formada onde o felogênio é mais ativo do que nas demais regiões e produz um tecido que apresenta numerosos espaços intercelulares.
  • Ritidoma
    • casca externa com um conjunto de tecidos mortos (ex: aquela casca que cai do caule da sequóia, dos eucaliptos etc)
    • À medida que uma árvore envelhece novas peridermes vão se formando em profundidades cada vez maiores, o que ocasiona um acúmulo de tecidos mortos na superfície do caule e raiz. Esta parte morta é denominada ritidoma.

Tecido fundamental

Preenche o volume tridimensional da planta e sustenta.

Preenchimento:

  • parênquima: células vivas, com potencial meristemático e presença de espaços intercelulares, sendo o principal representante do sistema fundamental.
    • parênquima clorofiliano: caracterizado por ser fotossintetizante, podendo ser: paliçadico (células cilíndricas dispostas perpendicularmente à epiderme); clorofiano lacunoso esponjoso (de formato irregular se dispõem de maneira a deixar numerosos espaços intercelulares); plicado e braciforme;
    • parênquima de preenchimento: preenche regiões, podendo ocorrer na medula da raiz (parênquima medular), no córtex do caule (parênquima cortical), no periciclo de raízes primárias, no pecíolo e no mesofilo foliar.
    • parênquima de reserva, com paredes bastantes espessadas, podendo ser de estoque amilífero (de amido), aquífero (nas suculentas), aerífero (aerênquima de raízes aéreas); endosperma das sementes;
    • parênquima de regeneração de áreas danificada.
Parenquimas nas folhas

Sustentação:

  • colênquima: células vivas, com potencial meristemático, parede primária com espessamento desigual e sustenta regiões com movimentos constantes.
    • sem lignina
    • paredes celulósicas retém grande quantidade de água, o que torna essas células plásticas
      • tecido forte e flexível
    • geralmente visível no pecíolo (que precisa de plasticidade) e em regiões em crescimento como o caule jovem
    • regeneração de áreas danificada
    • a polpa dos frutos, quando comestíveis, geralmente são colenquimatosas
  • esclerênquima: células mortas na maturidade, parede secundária espessada por igual, presença de lignina e parede celular impermeável, sustenta e protege regiões.
    • esclereídes: células em formato de estrelinha relativamente curtas com paredes lignificadas.
    • fibras: células alongadas com paredes lignificadas > longitudinais

Sistema vascular « transporte = condução

Move ou transloca a água e os solutos por toda a extensão da planta. Com o aumento no tamanho das plantas, as raízes e as folhas se tornaram cada vez mais separadas umas das outras. Assim, sistemas para transporte à longa distância evoluíram, permitindo a eficiente troca de produtos de absorção e de assimilação entre as raízes e a parte aérea.

Xilema ou lenho: tecido morto | pré-fotossíntese

elementos de vasos: elementos traqueais do xilema – traqueídes – que são mortos na maturidade e lignificados ocas com perfurações aeroladas
  • xilema: vasos de fibras xilemáticas/lenhosas que vai carregar a seiva bruta (H2O + sais minerais);
    • células de transporte, que são as células mortas e ocas com perfurações aeroladas e tem a função de condução: elementos de vaso e traqueídes. O transporte da seiva bruta até as folhas onde será feita a fotossíntese acontece por causa da transpiração, adesão e coesão das moléculas da seiva e a tensão superficial da água.
    • células de reserva: células parenquimáticas.
    • células com a função de suporte mecânico e sustentação: fibras libriformes e fibrotraqueídes. Ajuda na sustenção da planta;
  • parede lignificada: formado por células com reforço de lignina na parede celular, que faz com as células percam o protoplasma, elementos traqueais ficando os vasos com traqueídes (buraquinhos que permeiam a água por todo o tecido) que ajudam na transmissão de água; além da lignina, as células do xilema também contem parenquimas celulose;
  • Lenho, fibras xilemáticas: xilema secundário
    • O alburno é a região em que o xilema secundário permanece funcional;
    • O cerne, a parte mais central e rígida do caule, é a região na qual o xilema secundário está inativo.
o alburno é a parte do xilema ativa no crescimento secundário; o cerne é o inativo, extremamente lignificado

Floema ou líber: tecido vivo | pós-fotossíntese

elementos crivados – este termo é geral e inclui os altamente diferenciados elementos de tubo crivado, típicos das Angiospermas, e as células crivadas, características das Gimnospermas. Em adição, o tecido do floema contém células companheiras, outras células de parênquima, fibras, esclereídeos e laticíferos. No entanto, somente os elementos crivados atuam diretamente no processo de translocação.
  • floema: vasos de fibras floemáticas/liberianas que vai carregar a seiva elaborada e glicose, percorrendo por toda a planta tanto no crescimento primário, como no crescimento secundário.
    • células de transporte, que são as células vivas com a função de condução: elementos de tubo crivado e células crivas sem núcleo ou organelas, mas cheias de citoplasma. As placas crivadas (vários furinhos) permitem que a seiva passe lentamente, por translocação, transmitindo os nutrientes para todas as células. Os vasos do floema permitem que a seiva elaborada corra em mais de uma direção, levando alimento até a raiz e também para todas as partes da planta.
    • célula companheira do tubo crivado: célula de nutrição (célula completa)
    • células de reserva: células parenquimáticas comuns e especializadas (companheiras e albuminosas).
      • A relação fonte e dreno do floema pode ser explicado por a partir dos órgãos produtores e consumidores: os materiais são translocados de áreas de suprimento, conhecidas como fontes pois são capazes de produzir fotoassimilados, para áreas de consumo – órgãos não fotossintéticos da planta (metabolismo)– ou estoque, conhecidas como drenos.
      • Raízes, órgãos de armazenamento, frutos em desenvolvimento e folhas imaturas, os quais importam carboidratos para o seu desenvolvimento normal, são exemplos de tecidos drenos.
      • No caso de dicotiledôneas tem sido observado que a folha começa seu desenvolvimento como dreno. Quando ela atinge em torno de 25% da sua expansão ela entra numa fase de transição dreno/fonte. Finalmente, quando ela atinge de 40 a 50% da sua expansão, termina a fase de transição e a folha se torna uma fonte de fotoassimilados.
    • células com a função de suporte mecânico e sustentação: fibras.
o fluxo de solução nos elementos crivados é impulsionado por um gradiente de pressão, osmoticamente gerado, entre a fonte e o dreno. O gradiente de pressão é estabelecido como conseqüência do carregamento do floema na fonte e do descarregamento do floema no dreno (Münch, 1930)

Anatomia da raiz

A raiz tem a função de fixação, absorção, condução e reserva.

  • endoderme
    • A endoderme é importante porque ela funciona como um filtro, desviando a rota apoplástica via parede celular para a rota simplástica via membrana plasmática e plasmodesmos, com funções de seletividade e para evitar o refluxo de íons do cilindro vascular para o córtex e para a solução do solo.

O xilema e o floema são alternos, a maturação do xilema é centrípeta e o xilema é exarco.

A coifa tem como funções proteger o meristema apical radicular e em raízes subterrâneas liberar mucilagem para facilitar a penetração no solo.

O caule tem feixes vasculares e a raiz tem xilema e floema alternos. No caule o xilema tem maturação centrífuga e o xilema é endarco; na raiz o xilema tem maturação centrípeta e o xilema é exarco.
. Nas eudicotiledôneas, o caule tem a presença de medula, os feixes são organizados em forma de anel (eustelo); a raiz tem o cilindro central preenchido por sistema vascular, sem a presença de medula (protostelo);
Nas monocotiledônea, o caule tem os feixes dispersos, sem a presença de medula (atactostelo); a raiz de monocotiledônea tem a presença de medula (sifonostelo).

Anatomia do caule

O caule tem como funções a sustentação da parte aérea e o contato entre a raiz e parte área da planta.

No caule, o xilema e o floema estão em feixes vasculares, a maturação do xilema é centrífuga e o xilema endarco.

No caule de eudicotiledônea, os feixes vasculares estão organizados em anel e o cilindro é oco e o estelo classificado em eustelo. No caule de monocotiledôneas, os feixes vasculares estão dispersos e o estelo classificado em atactostelo.

Os meristemas laterais câmbio vascular e felogênio promovem o crescimento secundário. O câmbio vascular formará xilema e floema secundários e o felogênio formará a periderme.

Anatomia da folha

Importante saber que no Mesófilo temos acima na maioria células clorofiladas do parênquima paliçadico (superior) e abaixo o parênquima lacunoso para permitir as trocas gasosas. Também, que abaixo e acima do feixe vascular temos células de colênquima e esclerenquima, para proteger os vasos.

Resumo esquemático em monocotiledôneas e eudicotiledôneas

Sistemas na monocotiledôneas

Sistemas na eudicotiledôneas

Colênquima é geralmente visível em regiões de crescimento e pecíolos.
Esclerênquima são mais abundantes em partes que cessaram o crescimento principal.

Questões do PDF da aula:

  1. O que são meristemas?
    Tecido embrionário vivo que apresenta a capacidade de multiplicar-se e dar origem a outros tecidos. Podemos classificar os meristemas em dois tipos: os apicais e os laterais.
  2. Classifique os meristemas quanto a posição?
    Os meristemas apicais são localizados no ápice da raiz e do caule e estão envolvidos com o crescimento em comprimento da planta (crescimento primário). Os meristemas laterais (câmbio vascular e felogênio) estão relacionados ao crescimento em espessura (crescimento secundário).
  3. O que é a continuidade topográfica?
    Na histologia vegetal, a continuidade topográfica explica a continuidade dos sistemas dérmico, fundamental e vascular ao logo do corpo da planta, no crescimento primário e secundário dos tecidos.
  4. Quais são os tecidos meristemáticos primários e o que eles formam?
    Os tecidos meristemáticos primários são: protoderme, meristema fundamental e procâmbio.
    A protoderme forma a epiderme; o meristema fundamental forma células de parênquima, colênquima e esclerênquima. O procâmbio forma o xilema e o floema primários.
  5. Cite três características da epiderme.
    O tecido da epiderme é formado por células vivas, sem espaços intercelulares e ocorre a deposição de cutina.
  6. Cite três funções da epiderme.
    A epiderme tem a função de revestimento, proteção contra choques mecânicos, barreiras à patógenos e restrição a perda de água, produção contra a radiação solar, trocas gasosas. Na raiz, absorção de águas e sais.
  7. A epiderme é um tecido complexo. Explique e exemplefique.
    A epiderme é um tecido complexo porque é formado por dois ou mais tipos de células com diferentes funções. Os pêlos radiculares são formados a partir da epiderme e tem a função de absorção de água; os estômatos são formados a partir da epiderme e tem a função de trocas gasosas.
  8. Classifique as folhas com relação a posição dos estômatos.
    Nas plantas aquáticas, os estômatos são encontrados na face adaxial da folha, o que recebe a classificação de epiestomática; nas plantas de ambientes xéricos (secos), os estômatos aparecem na face abaxial da folha, recebendo a classificação de hipoestomática; ainda podem ficar escondidos em criptas, o que reduz a perda de água em forma de vapor quando os estômatos se abrem; quando há estômatos nas duas faces da lâmina, a folha é classificada como anfiestomática.
  9. Como a periderme é formada?
    A periderme é formada a partir do meristema lateral denominado felogênio. O felogênio forma felema e feloderme, o conjunto dos três irá compor a periderme.
  10. Quais as funções da periderme?
    A periderme tem como funções a proteção e a cicatrização em locais específicos.
  11. Diferencie casca de ritidoma
    A ritidoma refere-se ao conjunto de tecidos mortos que foram formados externamente a última periderme. A casca refere-se aos tecidos formados e localizados externamente ao câmbio vascular.
  12. Cite três características do parênquima?
    São células vivas, com potencial meristemático e presença de espaços intercelulares.
  13. Cite três características do colênquima?
    São células vivas, com potencial meristemático, parede primária com espessamento desigual e sustenta regiões com movimentos constantes.
  14. Cite três características do esclerênquima?
    São células mortas na maturidade, parede secundária espessada por igual, presença de lignina, sustenta e protege regiões.
  15. Quais os tipos de parênquima? Exemplifique.
    Parênquima de preenchimento: preenche regiões, podendo ocorrer no córtex, na medula e pecíolo.
    Parênquima clorofiliano: caracterizado por ser fotossintetizante, podendo ser paliçadico, lacunoso, plicado e braciforme.
    Parênquima de reserva: caracterizado por fazer reserva, podendo ser amilífero (reservando amido), aquífero (reservando água) e aerífero ou aerênquima (reservando ar).
  16. Diferencie parênquima, colênquima e esclerênquima?
    Parênquima e colênquima são células vivas com potencial meristemático; o esclerênquima tem células mortas na maturidade e não tem potencial meristemático. Parênquima e colênquima tem parede primária. Esclerênquima tem parede secundária.
  17. Quais as funções do parênquima, colênquima e esclerênquima?
    O parênquima tem como funções preencher espaços, ser fotossintetizante e reserva; o colênquima tem a função de sustentar regiões com movimentos constantes; e o esclerênquima tem como funções proteger e sustentar regiões.
  18. Explique a diferença anatômica entre caule e raiz?
    O caule tem feixes vasculares e a raiz tem xilema e floema alternos. No caule o xilema tem maturação centrífuga e o xilema é endarco; na raiz o xilema tem maturação centrípeta e o xilema é exarco.
  19. Diferencie anatomicamente o caule de eudicotiledôneas e monocotiledôneas?
    Nas monocotiledôneas, os feixes vasculares no caule são espalhados (dispersos), sem organização, sem a presença de medula (atactostelo).
    Já na anatomia do caule das eudicotiledôneas, os feixes vasculares são organizados em anéis (eutelo).
  20. Diferencia anatomicamente a raiz de eudicotiledôneas e monocotiledôneas?
    Nas monocotiledôneas, a raiz –que é fasciculada e mais superficial por não ter uma raiz principal crescendo para baixo–, tem a presença de medula (sifonostelo).
    Nas eudicotiledôneas, a raiz que é extremamente desenvolvida, tem o cilindro central preenchido por sistema vascular, sem a presença de medula (protostelo).
  21. Quais os tipos celulares do xilema e suas funções?
    O xilema possui células de transporte, que são as células com a função de condução: elementos de vaso e traqueídes. Células com a função de armazenamento e reserva: células parenquimáticas. Células com a função de suporte mecânico e sustentação: fibras libriformes e fibrotraqueídes.
  22. Quais os tipos celulares do floema e suas funções?
    O floema possui células de transporte, que são as células com a função de condução: elementos de tubo crivado e células crivas. Células com a função de armazenamento e reserva: células parenquimáticas comuns e especializadas (companheiras e albuminosas). Células com a função de suporte mecânico e sustentação: fibras.
  23. Diferencie cerne de alburno.
    O alburno é a região em que o xilema secundário permanece funcional e o cerne é a região na qual o xilema secundário está inativo.
  24. Explique a relação fonte e dreno do floema.
    A relação fonte e dreno do floema pode ser explicado por a partir dos órgãos produtores e consumidores. Nos órgãos produtores, ou seja fonte, a disponibilidade do composto irá exceder a utilização e por isso o excedente por ser disponibilizado para o consumidor ou seja, dreno, sendo o consumo utilizado para a formação de novos órgãos ou acúmulo de substâncias de reserva.
  25. Explique a formação dos anéis de crescimento e diferencie-os.
    Os anéis de crescimento são formados pela atividade periódica do câmbio vascular. O lenho inicial ou primaveril tem a coloração mais clara, as células são maiores e tem atividade mais intensa, já o lenho tardio ou outonal tem a coloração mais escura, as células são menores e a atividade é menos intensa.
  26. Quais as funções da raiz?
    Fixação, absorção, condução e reserva.
  27. Qual a importância e função da endoderme?
    A endoderme é importante porque ele desvia a rota apoplástica via parede celular e espaços intercelulares para a rota simplástica via membrana plasmática e plasmodesmos, tem como funções a seletividade e evitar o refluxo de íons do cilindro vascular para o córtex e para a solução do solo.
  28. Caracterize anatomicamente o sistema vascular das raízes em crescimento primário.
    O xilema e o floema são alternos, a maturação do xilema é centrípeta e o xilema é exarco.
  29. Qual a função da coifa?
    A coifa tem como funções proteger o meristema apical radicular e em raízes subterrâneas liberar mucilagem para facilitar a penetração no solo.
  30. Quais as funções do caule?
    O caule tem como funções a sustentação da parte aérea e o contato entre a raiz e parte área da planta.
  31. Caracterize anatomicamente o sistema vascular do caule.
    No caule, o xilema e o floema estão em feixes vasculares, a maturação do xilema é centrífuga e o xilema endarco.
  32. Diferencie anatomicamente o caule de eudicotiledônea e de monocotiledônea.
    No caule de eudicotiledônea, os feixes vasculares estão organizados em anel e o cilindro é oco e o estelo classificado em eustelo. No caule de monocotiledôneas, os feixes vasculares estão dispersos e o estelo classificado em atactostelo.
  33. Quais meristemas promovem o crescimento secundário do caule e que tecidos eles formam?
    Os meristemas laterais câmbio vascular e felogênio promovem o crescimento secundário. O câmbio vascular formará xilema e floema secundários e o felogênio formará a periderme.
Saiba mais:

O corpo da planta final

1_ANATOMIA_-_O_corpo_da_planta_final

Epiderme

2_ANATOMIA_-_Epiderme

Periderme

3_ANATOMIA_-_Periderme

Fundamental

4_ANATOMIA_-_Fundamental

Vascular: xilema e floema

5_ANATOMIA_-_Vascular

Tecido da raiz

6_ANATOMIA_-_Raiz_nova

Tecido do caule

7_ANATOMIA_-_Caule_NOVA.ppt

Tecido da folha

8_-_ANATOMIA_-_Folha

Revisão

O que vem de onde: mapa mental 1

Para ver essa explicação bem fácil no youtube, aula Introdução de Histologia Vegetal, do professor Guilherme Goulart
Aula de Histologia do Caule, do professor Guilherme Goulart
Aula de Histologia da Raiz – professor Guilherme Goulart
Aula Histologia da Folha – professor Guilherme Goulart

Mapa mental 2:

Tecidos dérmico, fundamental e vascular

Epiderme e súber

Apresentação Prof. Anderson Moreira

Xilema e floema

Aprofundar conhecimento sobre xilema e floema com animação sobre o transporte de seiva na planta

Animação xilema e floema com mais detalhes

Também vale assistir essa aula

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