Principais doenças do paricá

Chapéuzinho (manejo)

  • não é provocada por agentes bióticos, mas falha de manejo
  • profundidade de semeio inadequada
  • umidade inadequada
  • afetam a germinação completa
  • surgimento do “chapeuzinho” acima do cotiledone
  • medidas de controle:
    • replantio
    • cumprir rigorosamente as recomendações de semeadura do paricá (profundidade e posicionamento da semente do substrato)
    • a umidade durante a germinação facilita a retirada do chapézinho

Tombamento de mudas (Fusarium solani)

  • pode sobreviver anos no solo porque produz esporos de resistência
    • quando umidificar e plantar hospedeira no solo, os esporos podem “acordar” e germinar
  • registrado em 2002 em Paragominas
  • condições ideias:
    • temperatura e umidade elevadas
  • sintomas:
    • inicial: comumente pelos cotilédones
    • progresso: cotilédones ficam recobertos por uma massa micelial branca
    • região do colo ➛ manchas iniciais encharcadas crescem rapidamente ➛ escuras ➛ fendilhameto ➛ não há sustentação ➛ tombamento e morte de plântulas
  • condições ideias:
    • umidade e temperatura elevadas
    • infecção em viveiro ocorre durante a germinação:
      • entram em contato com o solo
      • água da irrigação contaminada sobre os tecidos de reserva
    • disseminação: água ou umidade na superfície das plantas
  • controle – tomabamento de mudas
    • utilizar água de irrigação e sustrato livre do patógeno
    • eliminar plantas doentes
    • utilizar canteiros suspensos

Crosta Negra das folhas (Phyllachora schizolabiicola subsp. schizolabiicola)

  • parasita obrigatório
  • ascomiceto
  • câmera úmida: pega um saco plástico qualquer, molha, assopra, coloca papel higiênico molhado e deixa 24h com partes da planta contaminada para reproduzir o fungo e analisar em lamina microscopica)
  • quadro sintomatológico:
    • lesões nas folhas em forma de crosta escura aveludada
    • infecta folíolos maduros
    • alta incidência: provoca desequilíbrio fisiológico nas plantas
    • aumento do número de lesões nas folhas, ocupando 100% da área foliar
    • amarelecimento e queda dos folíolos
  • condições
    • geralmente ocorre no período chuvoso
    • monitorar o plantio
  • medidas de controle
    • em Paragominas, plantas demonstraram resistência à doença
    • após a mudança das folhas ➛ continuou com crescimento normal
    • não houve necessidade de medidas de controle específicas

Cancro do paricá (Lasiodipladia theobromae)

  • observação dos sintomas em 2006, em Dom Eliseu (PA)
    • várias espécies de fungo foram associados ao cancro observado no campo (Lasiodipladia theobromae; Pestalotiopsis sp., Fusarium exporium e outro). Fizeram o postulado de Koch e notaram que o Pestalotiopsis provoca o sintoma inicial (uma abertura), mas pode ser outro fungo que provaca o cancro. Testaram então o Lasiodipladia theobromae, que fez o fendilhamento e também o cancro.
  • sintomas:
    • entumescimento da casca associado a fendilhamentos longitudionais e escurecimento dos tecidos afetados
    • em toda a extensão do caule, vai formando um beiço
    • as plantas afetadas pela doença até 2 anos, para de crescer em altura e diametro
    • não passam do 7cm de diametro e 2m de altura
    • região interna do caule apresenta apodrecimento (não foi observado em plantio com mais de 10 anos)
    • plantios com mais de 10 anos:
  • disseminação da doença: período chuvoso pode quadruplicar de um ano para o outro;
  • controle:
    • retirada de plantas
    • eliminação de F.I
    • seleção de fontes de resistência à doença

Outros problemas

  • Galha coroa causada por bacteria (Agrobacterium radiobacter pv)
  • Defolha por lagarta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *