“Como esperar engajamento voluntário de quem vive no território, enquanto grandes somas são repassadas a projetos externos?” Não pode mais ser uma estrutura de exploração disfarçada de engajamento. Precisa ter reconhecimento, apoio, e caminhos reais para crescer.
“Por que me voluntariar de graça, se tem gente sendo paga — e nem mora aqui?”
Objetivo: Acompanhar, de forma participativa e transparente, a destinação e a aplicação dos recursos de compensação ambiental em Unidades de Conservação (ex: Flona Tapajós, Resex Tapajós-Arapiuns).
Eixos principais:
Transparência: tornar públicas as informações sobre o valor recebido, os projetos aprovados, entidades contratadas e cronogramas de execução.
Participação social: envolver conselhos gestores, associações locais, cooperativas e lideranças comunitárias no acompanhamento dos projetos. Exigir que os recursos cheguem, de fato, às mãos das comunidades, cooperativas e lideranças locais. Para que as organizações comunitárias também acessem esses recursos — e não fiquem só como “mão de obra voluntária”.
Indicadores locais: definir, com participação das comunidades, indicadores claros de impacto (ex: renda gerada, área beneficiada, continuidade após o projeto).
Avaliação contínua: promover visitas de campo, relatórios comunitários, registros fotográficos e assembleias periódicas.
Denúncia e controle social: criar canais acessíveis para que a população local possa questionar ou denunciar irregularidades na aplicação dos recursos.
Resultados esperados:
Redução de desvios e uso ineficiente dos recursos.
Fortalecimento do protagonismo das comunidades locais.
Geração de conhecimento público sobre o que funciona e o que precisa mudar nos mecanismos de compensação ambiental.