
Muito relacionadas com a condição de manejo, especialmente em plantas mal nutridas.
Fumagina (Meliola sp. e Capnodium sp)

- quem ataca primeiro: inseto (pulgões)
- quem causa a doença: fungo
- comum na fase abaxial: presença de alguns insetos que liberam substância açúcarada que alimenta fungos, que colonizam superficialmente folhas e ramos.
- sintomas: crosta espessa e negra cobrindo total ou parcialmente a parte dorsal das folhas e ramos
- afeta: fotossíntese, transpiração e respiração da planta
- condições favoráveis:
- ambiente de extrema umidade;
- cultivos muito densos e/ou sombreados
- plantas estressadas
Controle:
- plantas em viveiros e campo devem ser examinadas até os 2 anos de idade ➛ verificar a presença de fumagina e/ou pulgões vivos nas folhas mais novas e na fecha;
- manejo: melhoria na aeração e ventilação
- manejo: aumento do espaçamento de plantio
- manejo: podas adequadas
- manejo: limpeza da área, de plantas invasoras
- controle de insetos
Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides)

- relatada pela primeira vez em 1977
- hemibiotrófico: consegue se alimentar de células vivas e mortas;
- principal doença do açaí em viveiro
- provoca atrasos no desenvolvimento da muda e mortalidade de plantas
- pode ocasionar perdas de 1-70% de mudas produzidas
- sintomas: manchas necróticas escuras e deprimidas (aprofundadas, com rebaixamento)
- podem ocorrer tanto no limbo foliar quanto no ráquis e colo das folhas
- lesões iniciais: coloração levemente acastanhada posteriormente tornam-se negras e deprimidas
- avanço da doença: todas as folhas atacadas secam e a planta não consegue fazer fotossíntese
- embora apenas ocasional, a doença pode afetar os frutos (verdes ou maduros), com pontuações negras circulares (=~10 a 15mm de o)
- avanço da doença: lesões coalescem e tomam todo o fruto, que fica com coloraçãp escura e finaliza com seu apodrecimento total;
- condições favoráveis: sombreamento e umidade excessiva
- controle:
- eliminar muda que apresenta sintoma típico
- manejo ➛ adubação equilibrada: especialmente se a adubação nitrogenada for feita com ureia (favorece a ocorrência da doença)
- manejo ➛ manter mudas e plantas jovens com a adubação em dia e bem espaçadas
- manejo ➛ permitir uma boa ventilação
- manejo ➛ manter as mdas afastadas uma das outras em pelo menos 10cm (ventilação e entrada de luz)
- manejo ➛ evitar o excesso de umidade
- caso o procedimento não resolva, pulverizar fungicidas (em intervalos quinzenais)
- produtos: sem registros no MAPA para o uso em açaozeiro
- situações extremas e emergenciais: pesquisa têm demonstrado que alguns fungicidas têm apresentado resultado
Mancha marrom ou helmintosporiose (Bipolaris bicolor)

- primeiro registro em mudas de açaí em viveiros no Para: 2007
- fungo: enzima que degradam substâncias da lamela média e da parede celular, bem como de componentes citoplasmáticos da célula vegetal.
- sintomas:
- iniciais: pontos cloróticos (destruição dos cloroplastos), correspondem ao ponto de penetração do patógeno
- queima e manchas foliares circulares e oblongas, com tamanho variável
- cor pardo claras, bordos definidos escuros, variando de pardo a preto
- pequenas manchas ➛ centro necrótico (evidencia das mortes das células) e um halo amarelado ou verde claro (evidência o crescimento do fungo para novas células)
- condições favoráveis: possível observar (lupa) a presença de pequenos tufos cinza-escuros crescendo sobre as lesões (sinal do patógeno)
- a doença ocasiona seca total das folhas iniciando-se geralmente das bordas para o centro, podendo atingir também a haste da folha
- redução da área foliar fotossinteticamente ativa ➛redução da taxa fotossintética da planta ➛ afeta o desenvolvimento, produção e qualidade de frutos comprometidos
- medidas de controle:
- manejo: eliminar plantas atacadas de dentro do viveiro (retirar e queimar folhas)
- manejo: aumentar espaçamento entre as plantas
- manejo:muitas espécies vegetais de grande importância econômica, como hortaliças, fruteiras, forrageiras e ornamentais, são hospedeieras de B bicolor que pode sobreviver na asência de plantas de açãi, em restos culturais
- controle químico: apesar de eficiente pode ser tóxico (cobre).
Rachadura do estipe: doença fisiológica
- plantas com mais de 2 anos de idiade
- distúrbio de causa fisiológica
- rachadura inicial no estipe de 50 a 70cm pode atrair microorganismos saprofíticos (associado)
- pode levar ao tombamento da planta
- melhor adubação: deficiência de boro