Inflorescência

Aula 29/09 | professora Cristina Aledi Felsemburgh

Flores dispostas em agrupamentos são inflorescências.

Partes da inflorescência

As inflorescências são um conjunto de flores que se agrupam num ramo floral caulinar ou um sistema de ramos florais caulinares. Pode apresentar pedicelo/pedúnculo para portar cada flor de uma inflorescência, que são axilares (surgem no axila das folhas), terminais (no fim do ramo) ou mistas. São plurifloras simples quando produz pedicelos com uma flor ou plurifloras compostas quando produz pedicelos que se ramificam.

produz primórdios foliares que se diferenciam em brácteas, e na axila de cada bráctea nasce uma flor ou uma gema que formará um ramo lateral com flores.

Categorias de inflorescências: racemosa e cimosa

RacemosaCimosa
Monopodial: crescimento do caule se dá pela atividade de uma única gema apical. O eixo principal cresce mais que os ramos laterais.Simpodial: a gema apical cessa sua atividade ou o eixo principal perde sua predominância sobre os ramos laterais.
Indefinida/ crescimento indeterminado: a gema apical não cessa o crescimento vegetativo e, portanto, as gemas axilares vão se diferenciando em flores.Definidas / crescimento determinado: a gema apical é a primeira a se transformar em flor, sendo o desenvolvimento assumido pelas gemas axilares.
Centrípetas: o amadurecimento ocorre da base para o ápice ou da periferia para o centro . Centrífuga: o amadurecimento ocorre do ápice para a base ou do centro para a periferia .
Tipo CACHO ou RÁCIMO: Flores situadas em pedicelos, saindo de diversos níveis no eixo primário e atingindo diferentes alturas.
Tipo ESPIGA: Flores sésseis ou subsésseis, situadas em diversas alturas sobre um eixo primário (ex: Milho).Tipo MONOCÁSIO: As flores nascem na axila de uma bráctea de uma flor precedente, uma de cada vez. Temos cimeira escorpioide e cimeira helicoidal (ex: aquela flor seu Dilson).
Tipo ESPÁDICE: Variação da espiga em que o eixo primário é carnoso, as flores são geralmente unissexuais e o conjunto é envolvido por uma
grande bráctea chamada espata (ex: Antúrio).
Tipo DICÁSIO: Cimeiras bíparas também denominadas dicásio, possuem uma flor apical e duas flores opostas produzidas depois dela.
Tipo AMENTO: Variação da espiga em que o eixo primário geralmente é flexível e pendente e em geral apresenta flores unissexuais.Tipo PLEIOCÁSIO: Cimeira multípara ou pleiocásio – os dicásios são ramificados.
Tipo CAPÍTULO: Quando o eixo se alarga na extremidade superior, formando um receptáculo côncavo, plano ou convexo, onde se insere um conjunto de flores, rodeado por um conjunto de brácteas (ex: Girassol).Tipo ESPIGUETA: Formada por flores aclamídeas, rodeadas por duas brácteas pouco vistosas (glumelas). A mais interna e superior (pálea) e a mais inferior e externa (lema).
Tipo SICÔNIO: O receptáculo é escavado, formando uma cavidade quase fechada onde se inserem flores unissexuais (figo).

Ilustrações de racemosas

cacho e espiga
capítulo
espádice
amento
sicônio (figo)

Outras racemosas (eixo principal)

Corimbo

Flores situadas em pedicelos, saindo de vários níveis do eixo primário e atingindo todas a mesma altura.

Umbela

Flores situadas em pedicelos que saem do mesmo ponto do ápice do eixo primário, atingindo uma altura aproximadamente igual.

Glomérulo

As flores são sésseis e surgem ao redor de uma estrutura globosa.

Fascículo

Caracteriza-se por dar a aparência de que da gema surgem diretamente duas flores, o que nunca é real (pedúnculo é extremamente reduzido).

Ilustrações de cimosas

espigueta

Questões da apostila de atividades práticas da disciplina (pág 31-32):

  1. O que diferencia a espiga da espádice?
    Ambas são inflorescências racemosas e monopodiais, que o eixo principal termina em uma gema e cresce mais que os ramos laterais. São centrípetas com flores que se abrem de baixo pra cima e de fora pra dentro. Ambas não apresentam pedicelo, ou seja, uma inflorescência sésseis saindo em toda a extensão do eixo principal. Na inflorescência da espiga, cada botão floral brota sobre uma pequena bráctea e o eixo central é fino (ex: milho). Já a inflorescência do tipo espádice tem o eixo carnoso e espesso, sendo envolvido por uma grande bráctea chamada espata (ex: antúrio).
  2. O que diferencia o amento da espiga?
    No amento, as flores se desenvolvem de cima pra baixo e as pequenas brácteas estão sobre cada botão floral; já na espiga as flores crescem de baixo pra cima e as pequenas brácteas estão abaixo de cada botão floral.
  3. Diferencia cacho de corimbo.
    No cacho, as flores atingem alturas diferentes. Já no corimbo, todas as flores atingem a mesma altura.
  4. Diferencia monocásio de dicásio.
    No monocásio, de formato escorpióide e helicoidal, as flores se originam na axila da flor precedente. No dicásio, as cimeiras são bíparas e tem uma flor apical e duas flores opostas produzidas depois dela.
  5. Defina a inflorescência cimosa.
    As cimosas são simpodiais, onde a gema apical cessa sua atividade ou o eixo principal perde sua predominância sobre os ramos laterais. Assim, elas tem o crescimento determinado e seu amadurecimento ocorre do ápice para a base ou do centro para a periferia, sendo centrífugas.
  6. Diferencia inflorescência centrípeda de centrífuga.
    Nas inflorescências centrípedas o amadurecimento ocorre da base para o ápice ou da periferia para o centro . Já nas centrífugas, o amadurecimento ocorre do ápice para a base ⇣ou do centro para a periferia ⇢.
  7. Diferencia inflorescência simples da composta.
    As inflorescências são plurifloras simples quando produz pedicelos com uma flor ou plurifloras compostas quando produz pedicelos que se ramificam.
Saiba mais:

Aula – Inflorescência: https://bit.ly/2Fv8ubf

Morfologia_inflorescencia

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